Shirley Maria – Língua Portuguesa

ALGUMAS DÚVIDAS MAIS FREQUENTES

 

LÍNGUA PORTUGUESA NO DIA A DIA

1 Não se deve usar o verbo haver no plural quando indicar existência.

pessoas que não sabem que o verbo haver, no sentido de existir, é invariável, isto é, não vai para o plural, pois se trata de um verbo impessoal.

Haverá muitas cores no Natal.

Pode haver desdobramentos desagradáveis no caso.

O mesmo ocorre para:

a) Fazer (indicando tempo): singular

Faz dois anos que não a vejo.

b) Passar de (indicando tempo): singular

Passava de duas horas quando ela se foi.

c) Chover (indicando fenômeno meteorológico): singular

Chovia muito forte.

2 Deve-se concordar o verbo na voz passiva com o sujeito.

Alugam-se casas.

E quando o sujeito for indeterminado (partícula se), o verbo permanece no singular:

Precisa-se de funcionários.

3 Não se deve separar o sujeito do predicado por vírgula.

É comum encontrar frases, principalmente as longas, em que uma vírgula separa o sujeito do restante da sentença. Entretanto, esse emprego não é aceito.

Médicos de qualquer lugar do Brasil ou do mundo, já podem participar da nossa equipe. (uso incorreto)

Médicos de qualquer lugar do Brasil ou do mundo já podem participar da nossa equipe. (uso correto sem vírgula)

4 Não deixe de concordar substantivo e adjetivo em gênero e número.

Um dos erros considerados mais graves no idioma é o de concordância. Substantivo no plural faz com que o adjetivo fique no plural. Às vezes, uma inversão na frase leva o falante a não perceber o erro. É o caso, por exemplo, de “achou normal as atitudes do suspeito” (uso correto: “achou normais as atitudes…”).

5 Não troque os gêneros das palavras.

Cuidado com a palavra grama (unidade de medida) (masculina), omelete e alface (femininas), que costumam aparecer com o gênero trocado.

6 Evite preposições desnecessárias.

“Muitas das vezes…” Uso inadequado. O correto é “Muitas vezes”.

7 Não se deve empregar pronome oblíquo na função de sujeito, pois é empregado como objeto ou complemento.

“Para eu fazer” (e não “para mim fazer”). “Mim” é pronome oblíquo e não pode exercer função de sujeito de verbo no infinitivo.

Eu convido-te. (uso correto como objeto)

8 Evite a redundância SEMPRE.

Acabamento final, habitat natural, planejamento antecipado, conclusões finais são exemplos de redundâncias muito comuns. Todos os adjetivos usados aqui são desnecessários.

9 Não empregue modismos.

“A nível de” e “na medida em que” talvez sejam as campeãs nesta área. “De repente”, “transparência”, “referencial”, “implementar”, “disponibilizar” e “resgatartambém não ficam atrás. Agora, a moda é trocar o “sim” pelo “com certeza”. Evite essas expressões.