DICAS SIMPLES PARA A PROVA DISCURSIVA EM CONCURSO PÚBLICO
Na prova discursiva, o objetivo da banca é avaliar se você sabe expressar bem o seu conhecimento, portanto, leia o que o examinador deseja (todos os itens de um tema ou questão) e comece a listar tudo o que você sabe sobre ele. Escreva o que você estudou acerca do assunto. Após listar tudo no rascunho, compare a sua lista de itens com o que foi pedido no enunciado. Elimine o que não tem relação com o que foi cobrado e agrupe os outros tópicos da lista por assunto, numerando-os de acordo com o que você escreverá em cada parágrafo argumentativo. Isso fará com que você organize as ideias conforme o assunto específico e evitará a repetição do que foi abordado e escrito em linhas anteriores. Se você conseguir treinar essa técnica (brainstorm), não deixará passar nada em branco na hora da resposta.
Escreva na terceira pessoa. Não se deve usar a primeira. Outra dica importante é você escrever imaginando o que o leitor pensará. E, no caso específico da prova, o leitor será o examinador.
Sempre distribua os parágrafos equilibradamente em relação aos tópicos exigidos. Exemplo: se a questão pede para abordar 4 aspectos de um tema, não escreva três parágrafos para um aspecto e sim um parágrafo para cada um deles. Provavelmente, eles valem a mesma quantidade de pontos na grade de avaliação e o examinador buscará as palavras-chave na sua argumentação em cada parágrafo.
Ao iniciar um parágrafo, deixe claro o item a ser abordado. Não há problema em repetir alguma expressão do enunciado, pois isso esclarecerá o assunto que será tratado. Utilize linguagem simples e evite o uso de termos rebuscados ou jargões jurídicos. Se souber o conceito literal, use-o.
Procure escrever parágrafos curtos, pois, às vezes, um parágrafo muito extenso pode deixar o texto prolixo. Procure distribuir suas argumentações em parágrafos regulares (mais ou menos com a mesma quantidade de linhas escritas), o que dá uma aparência muito melhor ao texto como um todo. Observe que este texto demonstra propositalmente isso. E tome cuidado para não exagerar na quantidade deles, tornando a leitura cansativa para o avaliador.
Muitas vezes, o corretor não é especialista da matéria que está avaliando; ele possui uma lista de “termos” e “expressões” que, necessariamente, devem ser escritos pelo candidato nas respostas. Além disso, há uma grade que, geralmente, tem os tópicos na exata sequência exigida no comando da questão. Logo, não inverta a ordem das suas respostas. Tente seguir a exata sequência solicitada.
Evite a repetição de ideias, pois o examinador pode interpretar que você está “espalhando” determinado conceito por todo o texto em detrimento de outros tópicos solicitados. O brainstorm auxilia muito para que isso não ocorra.
Treine sua letra. Ao fazer dissertações como treinamento, faça tudo à mão, não utilize o computador.
Evite criar perguntas na sua discursiva, ainda que você a responda logo em seguida, pois você está ali para discutir um tema.
Na medida do possível, aponte exemplos (leis, acordos, dados numéricos, percentuais etc.). Isso demonstra sua aplicação prática dos conceitos e que você apresenta “argumento de autoridade” em relação ao assunto. Mas, sempre que necessário, informe a referência (Segundo dados do ENEM (2016)…).
Posicione-se como se já estivesse ocupando o cargo, mostrando segurança nos termos e certeza daquilo que está defendendo.
Tenha cuidado com a folha de rascunho e a folha definitiva que a banca fornece. Na primeira, cabe muita coisa (as linhas são mais extensas), mas na hora de passar a limpo, certamente, faltará espaço. Se o seu rascunho deu 30 linhas, tenha certeza de que na hora de passar a limpo, serão mais linhas, a não ser que você o faça com uma letra minúscula. Portanto, não faça um rascunho com o número exato de linhas que ele contém.
Revise seu texto antes de transcrevê-lo para a folha definitiva. Faça as modificações necessárias para, então, escrever com letra bem caprichada. Caso você erre alguma palavra e não haja instrução de como proceder, não rabisque ou tente apagar; basta passar um risco simples (de caneta) sobre a palavra ou expressão errada e escrever corretamente logo em seguida, continuando normalmente.
É hora de praticar! Bons estudos!