VÍCIOS DE LINGUAGEM
São defeitos que surgem no emprego da língua. São exemplos de vícios de linguagem:
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Emprego de frase ou expressões com duplo sentido.
O policial prendeu o ladrão na casa dele – na casa de quem, do Policial, do ladrão?
ARCAÍSMO
Uso de palavras ou expressões que caíram em desuso: “João não quer continuar casado com Maria, por isso pedirá o desquite”; “Venho por meio desta solicitar…” (por Solicito).
BARBARISMO
Grafia ou pronúncia de uma palavra em desacordo com a norma culta: previlégio (por privilégio), RUbrica (por ruBRIca).
CACOFONIA OU CACÓFATO
Som desagradável, resultante da junção de palavras: Eu amo ela. (surge o som “moela”)
ECO
Repetição de um som em uma sequência de palavras: “O tenente ficou contente quando soube da nova iminente patente”.
ESTRANGEIRISMO
Uso de palavras, expressões ou construções próprias de línguas estrangeiras quando temos em português termos equivalentes: menu (por cardápio), apartheid (por segregação racial), office-boy (por contínuo).
NEOLOGISMO
Criação desnecessária de palavras novas: Seu bolo está “comível” (temos apenas o registro na Língua Portuguesa de comestível).
PLEBEÍSMO
Uso de palavras e expressões (vulgares ou gírias) vetadas pela norma culta: cara (por indivíduo), troço (por objeto) entrar pelo cano (por não se sair bem), tipo assim (por exemplo), muitas das vezes (por muitas vezes).
PLEONASMO
Repetição desnecessária de palavras ou expressões: “secá-las bem secas…”, “quero ver com meus próprios olhos”.
PRECIOSIMO OU REBUSCAMENTO
Linguagem afetada: Vou apropinquar-me dele (por aproximar-me).
SOLECISMO
Desvio da norma em relação à sintaxe (regência, concordância, colocação):
a. Fazem dois anos que não nos vemos. (por Faz dois anos…)
b. João é o sentinela do quartel. (por João é a sentinela…)
c. Vamos na aula. (por Vamos à aula.)
d. Não deixe-me aqui. (por Não me deixe…)