Shirley Maria – Língua Portuguesa

Língua portuguesa & LÍNGUA PORTUGUESA

 

           Sempre digo aos meus alunos sobre a importância de nos comunicarmos bem. Isso implica, inclusive, uma boa colocação no mercado conforme pesquisa realizada pelo Dr. Johnson 0’Connor, do laboratório de Engenharia Humana, do Instituto de Tecnologia de Boston, e do Instituto de Tecnologia de Hoboken, Nova Jersey, que submeteu a um teste de vocabulário cem alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais (industrial executives), os executivos. Cinco anos mais tarde, verificou que “os dez por cento que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de direção, ao passo que dos vinte e cinco por cento mais “fracos” nenhum alcançara igual posição”.
            Isso não prova, entretanto, que, para vencer na v­ida, basta ter vocabulário; outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias. Mas parece não restar dúvida de que, dispondo de palavras suficientes e adequadas à expressão do pen­samento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comuni­cação.
            Nessa seara, também concorda comigo o Professor Dr. Plácido Araújo, docente há 53 anos e advogando há 47. Ele lecionou latim no seminário e LÍNGUA PORTUGUESA no ensino superior, logo, conhece a importância da mesma, principalmente, no ensino jurídico. Não basta apenas nos fazermos entender. Às vezes, algumas pessoas acreditam que por saberem ler e escrever, dominam a língua, entretanto, somente a dominamos quando conhecemos suas regras, as utilizamos, somos leitores assíduos e buscamos aprofundar nossos conhecimentos, ampliando nossa bagagem cultural. É isso que nos confere desenvoltura, raciocínio crítico e lógico.
          Dr. Plácido Aráujo nos diz mais: “Estilo é a impressão digital de cada pessoa, é o retrato dela. Quando a pessoa está desarrumada, chama atenção e o contrário é verdadeiro. A linguagem jurídica deve ser correta, se possível elegante.”

Dr. Plácido Araújo

               Como anda sua linguagem? Desarrumada ou elegante?